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Ato contra Corrupção reúne centenas de promotores em SP
A participação dos colegas no protesto foi organizada pela Associação Paulista do Ministério Público (APMP), que os conclamou a se manisfestarem na intenção de sensibilizar a sociedade sobre a importância do MP
Em defesa das prerrogativas do Ministério Público e contra as ações parlamentares, que colocam em risco as prerrogativas dos membros do Ministério Público, mais de uma centena de promotores e promotoras de Justiça saíram às ruas e participaram neste domingo (04/12) de Ato Público contra a impunidade e a corrupção na Av. Paulista, na capital. A participação dos colegas no protesto foi organizada pela Associação Paulista do Ministério Público (APMP), que os conclamou a se manisfestarem na intenção de sensibilizar a sociedade sobre a importância do MP para a manutenção do Estado Democrático de Direito e para a luta pelo fim da corrupção.
O ato, que se estendeu pelo Brasil inteiro, foi organizado e convocado pelas redes sociais, em razão do texto aprovado na madrugada do dia 30/11, pelos deputados, Câmara dos Deputados Federais. Eles desfiguraram o Projeto das 10 Medidas que visa aprovar medidas contra a corrupção. .Na proposta dos deputados, das emendas apresentadas ao PL das 10 Medidas Contra a Corrupção (4850/16) somente duas das 10 medidas foram aprovadas. O restante, pretende-se tirar a independência do judiciário e coibir as investigações, como a Lava Jato.
A diretoria da APMP esteve presente, durante todo o dia, representada por seu 1º vice-presidente, Marcio Sergio Christino, o 1º secretário, Paulo Penteado Teixeira Junior, 1º tesoureiro, Marcelo Rovere, o recém-eleito presidente da APMP, que estará à frente da entidade de classe a partir de janeiro de 2017, José Oswaldo Molineiro, a diretora do Departamento de Eventos e Relações Públicas, Paula Castanheira Lamenza, e a conselheira fiscal, Valéria Maiolini. Os diretores concederam entrevistas a jornais de grande circulação, portais de notícias e emissoras de rádio e TV (veja abaixo), a fim de sensibilizar a população sobre o risco de se calar o Ministério Público, em um momento que a Operação Lava Jato tem, se mostrado tão eficiente no combate à corrupção do país . “O Brasil precisado do MP e o MP precisa do Brasil”, repetiu o vice-presidente da APMP em entrevistas concedidas. “É a primeira vez que a população se levata para defender uma questão institucional do Ministério Público”, disse o procurador ao Jornal O Estado de S. Paulo.
Esta tem sido uma das frentes de atuação da APMP em relação à retaliação que vem sendo demonstrada pelos parlamentares à classe jurídica, com projetos de Lei, Projetos de Emenda à Constituição e emendas parlamentares, que pretendem causar desgaste, retirar prerrogativas e liberdade de investigação dos promotores e procuradores de Justiça e, consequentemente, enfraquecer a instituição. “Querem acabar com a Lava Jato. Querem tirar o Ministério Público do povo”, disse José Oswaldo Molineiro para milhares de pessoas de cima de um dos carros de som que estavam na Av. Paulista.
A diretoria da APMP tem estado em Brasília com constância, acompanhando todas as propostas parlamentares e se reunindo com deputados e senadores a fim de conquistar o apoio dos congressistas à causa do MP. No último dia 01/12, a associação organizou um Ato, em parceria com a Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), que reuniu mais de mil pessoas nas portas dos fóruns de todo o Estado. Os próximos passos em Brasília, que estão sendo acompanhados de perto pelos diretores da APMP são os referentes aos subsídios e à reforma da Previdência.
Veja repercussão do Ato nos veículos de imprensa: (clique sobre cada veículo para acessar a matéria)
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