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Conamp encampa solicitação para que promotores de Justiça possam concorrer a PGJ no MPSP

Pedido foi encaminhado por membros do Ministério Público de São Paulo

Após exposição do presidente da Associação Paulista do Ministério Público (APMP), Paulo Penteado Teixeira Junior, na última quarta-feira (14), o Conselho Deliberativo da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) acatou e encampou a solicitação feita por membros do Ministério Público de São Paulo (MPSP) para que promotores de Justiça possam concorrer ao cargo de procurador-geral de Justiça (PGJ) no MPSP. Atualmente, a elegibilidade de promotor de Justiça ao cargo de PGJ só não é permitida em dois estados além de São Paulo: Minas Gerais e Roraima.

A possibilidade de promotor de Justiça concorrer ao cargo de PGJ é uma bandeira histórica da APMP, nos termos do resultado da consulta feita à classe, por meio de plebiscito, nos meses de junho e julho de 2015, que resultou em 736 votos favoráveis, 234 contrários, dois votos em branco e dez nulos, demonstrando a vontade da maioria dos membros do Ministério Público de São Paulo.

Ainda em 2014, no Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), os então conselheiros José Oswaldo Molineiro (ex-presidente da APMP) e Pedro de Jesus Juliotti (que hoje exerce mais um mandato no colegiado) propuseram que promotor de Justiça pudesse concorrer a PGJ já na eleição daquele ano. Depois, em novembro de 2015, a diretoria da APMP enviou ofício ao então presidente da Alesp, deputado Fernando Capez, solicitando apoio às emendas realizadas pelo deputado Carlos Bezerra Júnior (PSDB) ao PLC 62/2015 – entre elas, uma que previa a elegibilidade de promotor a PGJ.

Em outra oportunidade, a procuradora de Justiça Deborah Pierri, uma das diretoras do Departamento de Previdência da APMP, defendeu o direito de promotor de Justiça se candidatar a PGJ em trabalho de sua autoria enviado ao Órgão Especial e posteriormente encaminhado ao CSMP. No entanto, em votação preliminar em 19/03/2014, o Conselho Superior decidiu pelo “não conhecimento” da proposição.

Em julho de 2018, a diretoria da APMP apoiou emendas apresentadas pelo então deputado estadual Fernando Capez (PSDB) ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 36/2018, de autoria da Procuradoria-Geral de Justiça, sendo que uma delas tratava do tema.