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Diretoria da APMP acompanha palestra de coordenador da Lava Jato

Deltan Dallagnol diz que ingressou no Ministério Público porque ‘é o órgão comprometido com a defesa da sociedade brasileira’

Na quinta-feira, 23/11, o presidente da Associação Paulista do Ministério Público (APMP), José Oswaldo Molineiro, o 2º vice-presidente, Gabriel Bittencourt Perez, e o coordenador de Assuntos Institucionais e Parlamentares, Felipe Locke Cavalcanti (recém-eleito para compor o Órgão Especial do Colégio de Procuradores), acompanharam, na sede da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo, palestra proferida pelo procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato. O convite aos dirigentes da entidade de classe foi feito pelo presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Junior, e pelo diretor de Relações Institucionais daquela Federação, o procurador de Justiça aposentado Luiz Antônio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo e ex-presidente da APMP e da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp).

Também compareceram ao evento as procuradoras de Justiça Valderez Deusdedit Abbud e Liliana Buff de Souza e Silva e os promotores de Justiça Roberto Livianu, José Carlos Guillem Blat e Silvio Antonio Marques. Na plateia estavam também Stephen Kanitz, sociólogo e cientista político, e Sergio Antonio Reze, que presidiu a Fenabrave entre 2005 e 2011. Em sua palestra, intitulada “Corrupção e Ética nos Negócios”, Deltan Dallagnol elogiou os promotores e procuradores de Justiça paulistas: “Estão aqui Silvio Marques e José Carlos Blat, o presidente da APMP, Dr. Molineiro, e em nome deles eu cumprimento o Dr. Fleury, o procurador Felipe Locke e os demais membros do Ministério Público aqui presentes. Eles são referências para toda a minha geração, pois enfrentaram casos que tiveram sucesso e resultados significativos”. O procurador da República, que é filho do advogado e procurador de Justiça do Paraná Agenor Dallagnol, acrescentou: “Quando me formei em Direito, queria um Brasil melhor. Por isso resolvi ingressar no Ministério Público, que é o órgão comprometido com a defesa da sociedade e combativo em diversos setores”.

O palestrante destacou que, no Brasil, a corrupção desvia cerca de R$ 200 bilhões por ano (contabilizando apenas os valores dos casos conhecidos e investigados), mas, em contrapartida, somente três de cada 100 pessoas envolvidas em crimes comprovados de corrupção são punidas – e com penas brandas. “Esse valor desviado poderia ser usado para multiplicar os orçamentos da saúde, da educação e da segurança. Quanto menor é a corrupção em um país, maior é o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] e a renda per capita. E, consequentemente, maior é a competitividade desse país no mercado global, maior é o seu desenvolvimento e melhor é a sua economia. Portanto, se quisermos um país melhor, será impossível se não combatermos a corrupção”, afirmou o coordenador da Lava Jato.