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Promotores de Justiça do Rio Grande do Sul palestram na APMP sobre criminalidade no Brasil e respectivas teorias

Dezenas de pessoas presenciam evento que abordou livro de autoria dos promotores de Justiça Diego Pessi e Leonardo Giardini de Souza

Mais de 30 pessoas acompanharam presencialmente na manhã desta sexta-feira, 11 de agosto, o evento “Bandidolatria e Democídio – Ensaios sobre o Garantismo Penal e a Criminalidade no Brasil”, com palestras de Diego Pessi e Leonardo Giardini de Souza, promotores de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul.

O seminário, realizado pela Associação Paulista do Ministério Público (APMP) no Auditório Francismar Lamenza, no Largo São Francisco, contou com a abertura do presidente da entidade de classe, José Oswaldo Molineiro. A coordenação dos trabalhos e debates ficou a cargo do promotor de Justiça Luciano Gomes de Queiroz Coutinho, um dos diretores de esportes da APMP.

Durante as palestras, os promotores de Justiça gaúchos abordaram de forma crítica os principais pontos de sua obra – cuja edição está esgotada em todo o país –, que evidencia o culto à criminalidade e à vitimização do criminoso, a “bandidolatria”, em detrimento das reais vítimas e da sociedade em geral, e o abandono do Estado que acaba por deixar a sociedade à mercê de atos violentos, o que ambos denominam de “democídio”. Em suas falas, os palestrantes abordaram a atuação cada vez mais disseminada do crime organizado em todo o país, bem como a importante função do Ministério Público para a sociedade nesse preocupante quadro.

A obra “Bandidolatria e Democídio – Ensaios sobre o Garantismo Penal e a Criminalidade no Brasil”, com 200 páginas, produzida pela Editora Armada, é fruto de um trabalho de pesquisa sobre as raízes do garantismo penal e de sua estreita conexão com a política criminal adotada pelo Estado brasileiro, suas aporias e seus resultados sociológicos. A abordagem do tema é polêmica, embora feita cirurgicamente, atacando os postulados centrais da política criminal vigente em nossas instituições, ao opor as soluções teoréticas comumente conhecidas às exigências da práxis social. Buscam os autores desvelar um sentido normalmente despercebido, oculto nas narrativas sociológicas com as quais lidamos no dia-a-dia.