Celeste Leite participa de evento internacional sobre mediação
Promotora de Justiça atuou como juíza na 13ª Competição Internacional de Mediação Empresarial, realizada em Paris, que reuniu equipes de 66 universidades, de 21 países
Entre os dias 02 e 09/02, foi realizada a 13ª Competição Internacional de Mediação Empresarial, em Paris (França), evento realizado pela Câmara de Comércio Internacional (CCI), que busca promover o uso da mediação e criar a cultura da resolução pacífica de conflitos. A promotora de Justiça Celeste Leite dos Santos, uma das diretoras da APMP Mulher e do Departamento de Convênios e Eventos da Associação Paulista do Ministério Público (APMP), atuou como juíza no evento. O convite ocorreu em razão de sua tese de doutorado defendida em 2003 na Universidade de São Paulo (USP), intitulada “Mediação para o Divórcio”.
“No total, participaram 66 Universidades, de 21 países. 51% dos competidores era do sexo feminino, e 49%, do sexo masculino”, comenta Celeste Leite dos Santos. “Acredito na promoção da cultura da resolução pacífica de conflitos, pois, além de ser forma eficaz de acesso à Justiça, está comprovado o esgotamento do uso dos meios tradicionais de resolução de conflitos”, acrescenta a diretora da APMP. Segundo a promotora de Justiça, a vantagem sobre os métodos tradicionais é que, desenvolvendo-se por meio de procedimento confidencial, é possível o acesso aos reais fatos em disputa e construir por meio da identificação dos interesses comuns um acordo efetivo entre as partes.
“Mesmo na atuação diária do promotor de Justiça, o uso das técnicas de mediação e negociação vem paulatinamente se tornando uma realidade diária: adotamos esses instrumentos desde o atendimento ao público, nos compromissos de ajustamento de conduta na tutela coletiva, na delação premiada, na transação penal, no acordo de não persecução penal na seara criminal, dentre outros inúmeros exemplos que poderiam ser citados. Acredito que nesse século as questões serão desenvolvidas de forma mais dinâmica, distanciando-se cada vez mais de decisões dissociadas da realidade socioeconômica e cultural em que o conflito surgiu”, completa Celeste Leite.