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Conselheiro solicita que MPSP acompanhe investigações de roubo de droga em delegacia e de confronto entre policiais

Demanda aconteceu em reunião do Conselho Superior realizada no dia 23/10

Durante reunião do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) realizada na terça-feira (23/10), o conselheiro Pedro de Jesus Juliotti requereu, em suas considerações iniciais, ao procurador-geral de Justiça e presidente do CSMP, Gianpaolo Poggio Smanio, que designasse um promotor de Justiça para acompanhar os casos de roubo de maconha do 1º Distrito Policial da capital, na Sé, e de confronto entre policiais paulistas e mineiros, que resultou na morte de um policial.

“Estou preocupado com dois casos gravíssimos: o sumiço de uma tonelada no [1º] DP e a briga envolvendo policiais civis de São Paulo e de Minas Gerais, briga que deixou um policial morto. Gostaria de solicitar a designação de um promotor de Justiça para estes dois casos extremamente relevantes que envolvem a Polícia”, ressaltou Juliotti.  Por sua vez, o procurador-geral de Justiça agradeceu e aceitou a sugestão.

Entenda os casos

Quase uma tonelada de maconha desapareceu do 1º Distrito Policial, na Sé, no centro de São Paulo. Os 900 kg da droga estavam guardados em uma sala da delegacia, em uma sala trancada no térreo, aguardando ordem da Justiça para que fosse incinerada. O mesmo espaço é usado para armazenar drogas apreendidas em outras operações. O 1º DP, que fica na Rua da Glória, no bairro da Liberdade, é o mais movimentado de todo o Estado, que tem o maior número de inquéritos, cerca de cinco mil. A escrivã-chefe, responsável pela guarda, descobriu o sumiço quando foi fazer uma conferência. Ela estava de mudança para outra delegacia e tinha que fazer uma lista das apreensões para o escrivão que estava assumindo o lugar dela. Quando a escrivã abriu a porta da sala, percebeu que no lugar da maconha havia caixas vazias. O comando do 1º DP foi trocado em agosto deste ano. Os servidores responsáveis estão afastados do trabalho na Polícia Civil. (Com informações do Portal G1)

A Ouvidoria da Polícia de São Paulo pediu à Polícia Federal (PF) para investigar o confronto entre policiais paulistas e mineiros durante negociação envolvendo cerca de R$ 15 milhões na garagem de um hospital particular em Juiz de Fora (MG), na última sexta-feira (19/10). Um policial de Minas Gerais foi morto e outros dois envolvidos foram baleados durante a troca de tiros. O confronto, que ainda não foi totalmente esclarecido, ocorreu após encontro entre os empresários e seus seguranças, na sexta-feira passada, num prédio anexo ao hospital. Nove policiais civis de São Paulo foram contratados para escoltar empresários na negociação na cidade mineira. Cada agente receberia R$ 1.500 pelo serviço. Na sexta, os empresários paulistas teriam começado a negociar dólares em troca de reais com o empresário mineiro Antonio Vilela. Depois, quatro policiais e empresários paulistas seguiram com Vilela até o hospital para finalizar a transação que envolveria a troca de dólares por R$ 15 milhões. No local, estariam outros quatro policiais mineiros que fariam a segurança de Vilela. Parte da negociação foi registrada pelas câmeras de segurança do hospital. De acordo com a investigação, os paulistas teriam descoberto que as notas de reais eram falsas. Em seguida, começou a troca de tiros. Um policial mineiro foi morto. Foram presos quatro policiais paulistas, sendo dois delegados e dois investigadores por suspeita de lavagem de dinheiro.

(Com informações do Portal G1)