icon clock Leitura 3 min

Florindo Campanella: quase meio século dignificando o MPSP

Diretoria da APMP congratula o Promotor de Justiça Florindo Campanella por sua aposentadoria

“Para mim o Ministério Público é uma segunda família”, é assim que o Promotor de Justiça Florindo Camilo Campanella define os quase 46 anos como Promotor de Justiça do MPSP e os anos em que atuou como estagiário enquanto ainda era aluno de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Campanella ingressou no MPSP em setembro de 1976 e se aposentou em junho de 2022.

A decisão em escolher o Direito surgiu ainda no colégio, na década de 60. Sua mãe queria que ele seguisse a carreira do pai, que era médico, mas Campanella era muito comunicativo e percebeu que a melhor escolha seria o Direito.

Foi na PUC-SP que o paulistano Florindo Campanella se entusiasmou em seguir uma carreira no MP. Na universidade, ele teve aulas com diversos membros do MP paulista, como Dirceu de Mello e Hermínio Alberto Marques Porto. Segundo Campanella, eles eram excelentes professores e exemplos de promotores de justiça.

No quarto ano, ele conversou com o Professor Hermínio Alberto Marques Porto, que era Promotor do Júri e dava aulas de Processo Penal, sobre a possibilidade de fazer um estágio no MP. Assim, Campanella começou a estagiar na Promotoria Criminal. “Na época o promotor não tinha gabinete, ele ficava na sala de audiência, em uma mesa do Fórum Criminal”, lembra.

Campanella atuou na Promotoria Criminal até o final de 1972, quando colou grau. Em seguida, Florindo Campanella foi convidado pelo Dr. Geraldo Ataliba, que foi seu professor de Direito Tributário da PUC e tinha sido empossado reitor da PUC-SP, a trabalhar em seu gabinete. Durante esse período, ele estudou para o concurso do MPSP e foi aprovado em 1976, tomando posse como Promotor Substituto.

No início da carreira, Campanella atuou em Fernandópolis e depois em Sorocaba. Em 1978, foi para a sua primeira Comarca, em Cerqueira Cesar. Em 1979, foi para Campos do Jordão e, em 1984, foi para Atibaia e por lá ficou por 18 anos. Em 2002, ele passou a atuar na Capital e depois de 3 anos surgiu a oportunidade de trabalhar com as turmas recursais. O Promotor atuou por mais de 16 anos no Colégio Recursal. Campanella foi designado para a Turma de Uniformização, local em que atuou até a aposentadoria, em junho deste ano.

Florindo Campanella afirma que se realizou na profissão e que a sua maior preocupação como Promotor de Justiça sempre foi fazer com que o MP fosse respeitado e dignificado. Ao falar sobre a importância da atuação de um promotor, ele explica que “o ônus da justiça é também do promotor e do advogado” e que se busca “chegar o mais perto da verdade real e fazer a justiça”.

Aos 72 anos de idade, Campanella diz que o que sabe fazer é “promotorar”, mas que agora chegou a hora de descansar e dar atenção para a esposa, filhos e netos. Sobre a esposa, o Promotor de Justiça lembra ainda que foi no MP que eles se conheceram, quando ambos faziam estágio – ele na 1ª Criminal e ela na 7ª. Os dois terminaram o estágio e estudaram juntos para o concurso do MP. “Da amizade surgiu o namoro e depois o casamento”, recorda com carinho.

O Promotor de Justiça aposentado agradeceu a todos os colegas, ao PGJ e à APMP e lembrou que a projeção e a responsabilidade que o MP ganhou a partir da Constituição de 88 é “merecida e está sendo exercida da melhor forma possível”.

A Diretoria da Associação Paulista do Ministério Público (APMP) parabeniza e agradece ao Doutor Florindo Campanella por sua dedicação ao MPSP e por sua trajetória brilhante como Promotor de Justiça.

“É uma honra ter um colega brilhante como o Dr. Campanella, alguém que enriqueceu a história do nosso Ministério Público de São Paulo”, ressalta o Presidente da APMP, Paulo Penteado.