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Gaeco deflagrou hoje a operação Sharks com apoio de 8 promotores de Justiça e 250 PMs

Foram apreendidos na cúpula do PCC drogas, armas, veículos e TNT

A Operação Sharks, deflagrada na manhã de hoje (14), pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MPSP (Ministério Público de São Paulo), contou com a participação de oito promotores de Justiça e o apoio da ROTA (1º Batalhão de Polícia de Choque), com 250 policiais militares e 65 viaturas. Foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão contra lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital).

A ação apreendeu uma quantia superior a R$ 100 mil em dinheiro vivo, diversos veículos de luxo e drogas, além de uma pistola calibre 9mm, munição e oito cartuchos de emulsão explosiva (TNT). O GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) foi acionado após a descoberta dos explosivos escondidos no local. Os agentes também encontraram diversos equipamentos eletrônicos e documentos. A operação contou com 40 mandados de busca e 12 mandados de prisão para cumprimento em São Paulo, em cidades da região metropolitana, da Baixada Santista e do interior, expedidos pelo juiz Ulisses Augusto Pascolati Junior, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.

As investigações, dirigidas por uma força-tarefa do MPSP, composta por promotores de Justiça e agentes de investigação com apoio da PM, tiveram início no primeiro semestre de 2019, a partir do cruzamento de múltiplos dados, mirando integrantes dos principais escalões da facção criminosa PCC. Na ação de hoje, foram presas em flagrante por tráfico de drogas quatro pessoas, e um investigado foi morto, após confronto com a polícia. As investigações revelaram a cadeia logística do tráfico de drogas e a sucessão entre as principais lideranças, apontando a participação de 21 criminosos. Alguns deles foram presos durante a apuração dos fatos. Entre os investigados, estão as principais lideranças do PCC, algumas ainda em liberdade. Nessa lista constam nomes que se radicaram no exterior, comandando atividades logísticas a partir de outros países.

Com o objetivo de ocultar centenas de milhares de reais semanalmente, os investigados compravam veículos e se valiam de imóveis com esconderijos, onde guardavam dinheiro em espécie antes de realizar transferências, muitas vezes por intermédio de doleiros. As provas colhidas revelaram que a facção movimenta mais de R$ 100 milhões anualmente. Esse dinheiro é proveniente, basicamente, do tráfico de drogas e da arrecadação de valores de seus integrantes, por meio de um rigoroso controle em planilhas.

(Com informações do Núcleo de Comunicação Social do MPSP)