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Mulheres que xingaram e cortaram cabelo de menina são denunciadas pelo MPSP

Crimes de injúria racial e lesão corporal foram cometidos em Mogi das Cruzes por parentes da criança

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) recebeu a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), ajuizada pela promotora de Justiça Flávia Flores Rigolo, uma das diretoras da APMP Mulheres, da Associação Paulista do Ministério Público (APMP), contra cinco mulheres que cometeram crime de injúria contra uma criança. As rés responderão por lesão corporal. Na ação, também foi pedido indenização por dano moral à criança e à mãe dela.

O caso aconteceu em dezembro de 2017, em Mogi das Cruzes, segundo a Promotoria, Adriana Alves da Silva, as acusadas agiram com o propósito de humilhar a garota e rebaixar sua dignidade ao, sem o seu consentimento, colocá-la em uma cadeira e puxar seus cabelos com força com ajuda de um pente, cortando os fios de maneira desordenada e causando lesões no couro cabeludo. As rés ainda chamaram a criança, então com 9 anos, de “macaquinha” e disseram que o cabelo dela era “podre”, fazendo referência, de forma pejorativa, à cor da pele e à etnia da criança.

Prosseguindo, Adriana telefonou para a irmã, mãe da criança, e, novamente com a intenção de depreciar a dignidade moral alheia, afirmou que a menina era uma “neguinha de cabelo podre”.

De acordo com a promotora Flávia Rigolo, ao proferir ofensas à honra da garota, Adriana atingiu reflexamente a dignidade da própria irmã, que também é considerada vítima na ação penal.